quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Era uma vez...


A história de hoje é: "QUEM NÃO TEM CÃO USA A IMAGINAÇÃO"

Escrevi esta história na época em que morei num condomínio onde eram proibidos animais de estimação. Troquei os nomes das pessoas e do condomínio, mas, a história aconteceu mesmo.


No condomínio Mares do Sul, morava um lindo garotinho chamado Rodrigo e o sonho dele era ter um cãozinho com quem pudesse brincar. A mãe, dona Marli, tentou, inúmeras vezes convencer o síndico que nada de mal aconteceria se o filho pudesse ter um cão em casa, mas, não obteve autorização.
O tempo passou...
Se vocês pensam que o Rodrigo se conformou, estão enganados. No apartamento de baixo, morava dona Mariquita, que não era o que se pode chamar de um amor de vizinha. Era do tipo que grudava a orelha na parede pra ouvir melhor o barulho dos outros. Sim! Existe gente assim por aí. Certo dia, ela foi procurar o síndico e reclamou dos latidos do cachorro do andar de cima. O síndico, seu Atílio, imediatamente, tocou a campainha do apartamento da dona Marli, com o regulamento na mão. E já foi falando grosso: - no prédio havia lei e NINGUÉM podia ter cachorro.
Dona Marli, pacientemente, explicou ao síndico que era viúva, e o Rodrigo, sentia falta de companhia, por isso FAZIA DE CONTA que tinha um cachorro, imaginava, brincava...
Imaginação? Coisa difícil de entender. O síndico foi embora, não totalmente convencido, mas, procurou a vizinha reclamona e contou a ela aquilo que dona Marli dissera. Dona Mariquita não se conformou e foi, pessoalmente, ao apartamento de Rodrigo dar "um flagrante" no menino e seu cão barulhento. Apertou a campainha e quando a porta se abriu, foi entrando aos gritos- ela queria ver o cão, o tal Cruel. Dona Marli, percebendo que falar a verdade de nada adiantaria, resolveu dar uma lição na vizinha implicante. Disse que Cruel estava no quarto do Rodrigo, acorrentado, é claro, pois era perigoso. Mariquita correu para o quarto chamando pelo animal. Procurou debaixo da cama e por todos os cantos e, claro, nada encontrou. Só então, percebeu que fizera um papel ridículo. Saiu dali furiosa e decepcionada.
Mas, essa história não acabou mal, pelo contrário. Dias depois, Rodrigo encontrou dona Mariquita no elevador e cumprimentou-a, educadamente e fez mais: elogiou o aroma do chá que ela costumava oferecer às amigas. Nem é preciso dizer que, com essa atitude, o menino conseguiu "desarmar"a vizinha. Não sei se ficaram amigos, mas, dona Mariquita, que também era solitária, convidou Rodrigo pra ir à casa dela tomar chá. E acreditem, o cão Cruel também foi convidado.

Esta história foi publicada pela Duna Dueto Editora com ilustrações do Walter Lara.
Quem quiser ter sua história publicada na página "Era uma Vez"... envie-me,por favor.

Um abraço,
Regina Sormani




3 comentários:

  1. Oi, Regina! Parabéns pela página nova e pelo livro!!!
    Beijão!

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  2. Oi, Regina!

    Sou professora do curso normal em nível médio, uma das disciplinas que ensino/aprendo com as meninas é literatura infantil.
    Neste ano, uma das alunas, a Laura Aguirre, apresentou para as crianças e para mim, no pré-estágio, "Quem não tem cão usa a imaginação"!
    Nos encantamos!
    Hoje ela me enviou um vídeo, em que narra a história. Achei muito bacana e resolvi te procurar e mostrar o trabalho da Laura!
    Está publicado na Revista Era uma vez..., um projeto que está começando lá na escola!

    https://sites.google.com/site/revistaeraumavez/quem-nao-tem-cao-usa-a-imaginacao

    Beijos!

    Suely

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  3. Voltei pra deixar o link do blog da Laura! :)

    http://cabecadelaura.blogspot.com.br/2012/11/hora-do-conto-feita-na-culminancia-do.html?showComment=1353786735314#c7200187264124955350

    Abs

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