FRAGMENTOS
Mastigando
mágoas em vez de buscar um alimento mais nutriente para a alma.
Assim se comportam alguns.
Mal sabem que talvez devesse ser melhor desbloquear a audição e passar a ouvir o que está além das asperezas.
Seria bom resistir aos insensatos confrontos do cotidiano, às intempéries inócuas, aos desacertos, e olhar no pasmo das coisas que realmente importam o desassombro da alegria que espreita e vela pelos nossos almejares.
É mais fácil se perder ou perder aquilo que jamais deveria escapar entre os dedos. Por isso é preciso firmeza e audácia.
O que já foi sonho, o que já foi ilusão. Nada disso deveria se desfazer nas nódoas diárias.
Voltar ao que sempre nos alegrou. Ao que nos trouxe a alegria particular. O que foi colhido nos momentos mais solitários, aquilo que jamais nos irá trair. Pois fez-se parte integrante do que somos e do que seremos sempre.
Tem algo que a multidão não leva, que a arrogância não consegue desbotar, que o tempo não conseguirá desfazer, destecer. Algo que não escolhemos, mas nos foi agraciado, nos foi ofertado na infância, e nos mais íntimos encontros com nossa existência.
Sou o que fui. Fui o que serei. O exato querer do recolhimento, das escolhas e da alegria. Só essa alegria como vela votiva, só essa alegria me persegue, me protege.
Anos foram necessários para que eu compreendesse que jamais estive na multidão.
Mal sabem que talvez devesse ser melhor desbloquear a audição e passar a ouvir o que está além das asperezas.
Seria bom resistir aos insensatos confrontos do cotidiano, às intempéries inócuas, aos desacertos, e olhar no pasmo das coisas que realmente importam o desassombro da alegria que espreita e vela pelos nossos almejares.
É mais fácil se perder ou perder aquilo que jamais deveria escapar entre os dedos. Por isso é preciso firmeza e audácia.
O que já foi sonho, o que já foi ilusão. Nada disso deveria se desfazer nas nódoas diárias.
Voltar ao que sempre nos alegrou. Ao que nos trouxe a alegria particular. O que foi colhido nos momentos mais solitários, aquilo que jamais nos irá trair. Pois fez-se parte integrante do que somos e do que seremos sempre.
Tem algo que a multidão não leva, que a arrogância não consegue desbotar, que o tempo não conseguirá desfazer, destecer. Algo que não escolhemos, mas nos foi agraciado, nos foi ofertado na infância, e nos mais íntimos encontros com nossa existência.
Sou o que fui. Fui o que serei. O exato querer do recolhimento, das escolhas e da alegria. Só essa alegria como vela votiva, só essa alegria me persegue, me protege.
Anos foram necessários para que eu compreendesse que jamais estive na multidão.
Marciano
Vasques
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