quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
O autor e sua obra
por Gilberto Marchi
José Lanzellotti, nascido em 21 de Julho de 1926 em São Paulo e falecido em 1992. Um ilustrador que poucos conhecem, mas que tem grande importância dentro da história da ilustração brasileira.
Dedicou-se à pesquisa e documentou com fidelidade o folclore brasileiro, os objetos, indumentária e os costumes da cultura indígena.
Atuou em diversas áreas, como: quadrinhos, cenografia e editorial. Lecionou desenho na escola Panamericana de Arte na década de 70, e foi aí que eu o conheci e colaborei na coleção Brasil, publicada pela Editora Três. Os trabalhos de Lanzellotti postados abaixo, fazem parte dessa coleção.
sábado, 25 de dezembro de 2010
Natal 2010 no Trianon da Avenida Paulista
QUINTAS - 40
FELIZ TRANSLAÇÃO
MARCIANO VASQUES
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
PÁGINA DO ILUSTRADOR - 14 - MAURÍCIO VENEZA
Nesta edição temos a honra de apresentar o trabalho do ilustrador Maurício Veneza.
O conde de Monte Cristo - texto de Alexandre Dumas, adaptação de Luiz Antonio Aguiar - Editora Melhoramentos
"Nasci num dia de primavera, cento e um anos depois de Robert Louis Stevenson. Deu-se o importantíssimo evento (para mim) na mui formosa cidade de Niterói, que já foi capital do Rio de Janeiro e hoje é mais conhecida por ter um museu parecido com um disco-voador.
Com o pé na estrada - texto de Maurício Veneza - Editora Lê
Desenho desde criança, o que não é vantagem, já que todo mundo desenha quando é criança. Minhas imagens apareceram em histórias em quadrinhos, jornais, revistas, anúncios, cartazes, quadros-negros de escola, guardanapos de bar e mais de setenta livros infantis e juvenis. Escrevi roteiros para quadrinhos, recados para porta de geladeira, contos que não mostro para ninguém e cerca de trinta livros. Atualmente ocupo a vice-presidência da AEI-LIJ.
Contos africanos para crianças brasileiras - texto de Rogério Andrade Barbosa - Paulinas Editorial
Depois de quase cem livros ilustrados e cerca de quarenta escritos, adquiri uma visão um tanto particular a respeito da ilustração de obra literária.
Nina África - contos de uma África menina para ninar gente de todas as idades - texto de Lenice Gomes, Clayson Gomes e Arlene Holanda - Editora Elementar
Entendo, ao contrário da maioria, que a ilustração não é a imagem em si, mas a função que esta imagem exerce na sua relação com um determinado texto que a precedeu.
Oliver Twist - texto de Charles Dickens, adaptação de Telma Guimarães - Companhia Editora Nacional
Vista isoladamente esta imagem será uma pintura, um desenho, uma gravura (e como tal poderá ser apreciada), mas não uma ilustração. Algumas vezes é a palavra que ilustra a imagem.
O Brasil que veio da África - texto de Arlene Holanda - Editora Nova Alexandria
Um exemplo claro é o livro “Desertos”, onde as imagens de Roger Mello (Nota do blog - não é a imagem acima, aqui todas as imagens são de livros ilustrados por Maurício Veneza) são ilustradas pelas palavras de Roseana Murray. Mas há um exemplo bem mais trivial: nos nossos jornais diários são as legendas que ilustram as fotos...
O leão e o macaco - texto de Ieda Oliveira - Editora Larousse
A analogia mais simples que me ocorre para o livro ilustrado é com a música popular. A música de Tom Jobim, por exemplo, tem força própria e independente, assim como os versos de Vinícius de Moraes. Mas, quando se juntam, formam uma terceira coisa que difere das duas anteriores e que não existiria sem esta associação.
Dona Onça é muito sonsa - texto de Maurício Veneza - Editora Prumo
Para o leitor infantil ou juvenil, há que se considerar a sua idade, as informações que já possui, a pertinência das imagens em relação ao tema abordado. E aí sim, entram os recursos plásticos, a técnica, a composição, a expressividade, o uso adequado de cores e contrastes.
O cortiço - texto de Aluísio Azevedo - Editora BestBolso
Talvez a palavra mágica seja esta: adequação. Um texto que fale de uma criança com dificuldades de aprendizado será mais adequadamente ilustrado com um “bonequinho de palito” desenhado com giz de cera do que com uma pintura de Michelangelo.
Que lugar é este? - texto de Maurício Veneza - Paulinas Editorial
Clique aqui para conhecer mais sobre o ilustrador Mauricio Veneza numa entrevista.
Tem um rinoceronte no banheiro - texto de Maurício Veneza - Ygarapé Books
Contatos com o ilustrador: mauricioveneza@ig.com.br
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
QUINTAS- 39
MARCIANO VASQUES
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Um Natal de Luz e Paz
domingo, 12 de dezembro de 2010
PÁGINA DO ILUSTRADOR 13 - CARLA PILLA
PÁGINA DO ILUSTRADOR - 13
Nesta edição apresentamos Carla Pilla, que nos enviou este belo texto transcrito abaixo, cheio de belas ilustrações.
Colorida e animada: é assim que a vida deveria sempre ser. E é assim que ela se torna para mim quando brinco com formas e texturas para ilustrar um livro infantil ou bolar o visual de um desenho animado. Nos últimos três anos, espalhei meus desenhos e colagens por doze livros infantis, que aqui mostro brevemente a vocês. Fui também diretora de arte do projeto de série de animação Bolota & Chumbrega e sou autora das tirinhas Filé de Gato.
O primeiro livro que ilustrei foi O Sapo Zefirelo, em 2008. O autor Péricles de Cenço produziu uma edição independente super caprichada. Para as ilustrações, utilizei pastel oleoso e um toque especial: tinta acrílica "carimbada" no papel usando flores, folhas e galhinhos que busquei especialmente para o projeto.Este ano, Péricles deu seguimento ao projeto com Zefirelo e o Cão, em que utilizei a mesma técnica.
O segundo livro que ilustrei foi Festarola na Biblio, de Lisete Johnson, pela editora Razão. A técnica escolhida foi o desenho à mão livre combinado à pintura digital, para viabilizar as limitações do orçamento. Ficou bem interessante! No ano seguinte produzimos outro livro: As Caveiras Transviadas, com a mesma técnica.
Um livro que me deu muito prazer em ilustrar foi a reedição do Uma Graça de Traça, do super autor Carlos Urbim. Nele misturo materiais diversos como fitas, papéis, tecidos, glitter, lantejoulas, papel de bombom, lápis aquarelável, tinta acrílica... ufa! E muita cola e tesoura, pois foi tudo feito à mão. Uma delícia!
Também pela WS, ilustrei e fiz o projeto gráfico de Minha Mãe é Diferente, de Thais Picada. O livro é para os pré-adolescentes e tem a capa desenhada à mão com pintura digital. As ilustrações de miolo utilizam aguada.
Um Quero-quero me Contou, de Léia Cassol, foi o primeiro livro de uma ótima parceria com a Editora Cassol. Trata sobre lendas e cultura gaúcha. Produzi desde o projeto gráfico até as ilustrações, que foram feitas com caneta Sakura e lápis de cor aquarelado.
Também da editora Cassol, mas para os pequeninos, ilustrei Dandara, o Dragão e a Lua, de Maíra Suertegaray. Assim como em Uma Graça de Traça, foi tudo feito à mão com os materiais mais diversos: tecidos e papéis, miçanças, lantejoulas, botões, algodão tingido... adoro! Para os personagens, pastel oleoso.
O carro-chefe da editora Cassol é a série As Aventuras de Beto e Fê, de Léia Cassol. Marília Pirillo foi quem criou e deu vida aos personagens por um bom tempo, e nos últimos dois anos recebi a divertida missão de dar continuidade às ilustrações. As imagens acima foram para os livros mais recentes: O Último Guardião e O Cofre de Três Segredos. No primeiro, foi utilizado pastel seco; no segundo, que brinca com a linguagem dos quadrinhos, pintura digital.
Minha produção mais recente para a Cassol foi o fofíssimo Diário sem Data de Uma Gata, de Dilan Camargo. A gata é feita em pastel seco, com bigodes de papel. Os fundos das páginas são de tecido e o livro todo brinca com materiais típicos de um diário, como fita adesiva, carimbos, clips e, é claro, muita folha de caderno arrancada e amassada pela gata arteira! Tudo bem manual como convém a um bichano.
E o livro que acaba sair do forno no fim de 2010 é para a Mundo Mirim, de São Paulo. Tem Trem na Linha, de Rita Nasser, é para os pitocos e utiliza colagem digital. Para aproveitar que o trenzinho se desloca por todas as páginas do trilho, escaneei tecidos, desenhos e materiais diversos e fui montando ao longo das páginas os diversos ambientes por onde passa o trem.
É interessante contar que, em paralelo com minhas colagens na ilustração de livros infantis, já brinquei bastante com colagens para a produção de um desenho animado. Bolota & Chumbrega é um piloto de série de animação em que trabalhei por vários meses como diretora de arte, elaborando desde os personagens até os cenários, e que hoje anda viajando por mostras e festivais do Brasil e do mundo. Assistam!
http://www.carlapilla.com.br
Tirinhas do Filé de Gato:
Contatos:
21 8575 9810