quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Sampa que amamos - Sampoema 5

INCÓGNITA CENTRAL
ou RODAPÉ DA VIDA 
ou NOTÍCIAS DO CENTRO


Zeca, 
que morava na escadaria da Catedral da Sé,
sonhava com a Norma,
que rodava bolsa na Praça da República
e pedia pensão ao maluco do Raul,
aquele que vendia bitucas no rodapé da Cracolândia
e que dava a vida por um beijo da Maria Antonia,
que implorava trabalho,
em cartas de baralho,
distribuídas com olhar choroso 
no Vale do Anhangabaú.

Pedro Paulo,
que não tinha nada a ver com nenhum deles
e só queria saber dos filmes eróticos
do cinema da famosa Rua Formosa,
tomou um fogo e foi preso por ficar nu
na frente do solene e decadente prédio do Correio.


Edson Gabriel Garcia


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Biblioteca Orígenes Lessa de Lençóis Paulista SP

Meus caros amigos,

Dia 03 de novembro, participamos, Marchi e eu, do VIII FESTIVAL DO LIVRO  de Lençóis Paulista, no interior do estado e aproveitamos para  conhecer a linda BIBLIOTECA ORÍGENES LESSA, que recebeu o nome do escritor, nascido na cidade.  Lençóis é conhecida como a CIDADE DO LIVRO. Vale a pena conhecer!
Bjs,
Regina Sormani











terça-feira, 11 de outubro de 2016

Sampa que amamos- Sampoemas-

Sampoema- 4 -




Tietê


Águas imundas
tietam sabedorias
e ensinam o tempo
a tecer alegorias.

Uma delas escapa
e emplaca
no vão da espuma opaca:
a vida passa depressa
num fio.

Saborear o sabor do rio
ajuda a esticar o tempo. 


Edson Gabriel Garcia


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Primavera!!!

Meus amigos,


Enfim, chegou a primavera.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

24ª Bienal do Livro de São Paulo - de 26 de agosto a 04 de setembro de 2016



Começou, em São Paulo, a 24ª Bienal do Livro, no pavilhão do Parque Anhembi.
Evento tradicional que reúne expositores, autores brasileiros e internacionais e inúmeros visitante.
Estivemos lá, dia 27 de agosto, a convite da Suzano Papel e Celulose para conhecer o papel pólen, utilizado em impressão de livros e confecção de dobraduras. Aproveitamos também para conhecer novas editoras e encontrar os colegas. 




No estande da Editora Futurama, conversamos bastante com Carlos e Alcione a respeito de interessantes novos projetos 


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

22 de agosto. DIA DO FOLCLORE.



A arte COMPOTA DE FIGOS  com travessura dos Sacis sobre a mesa foi vendida para um colecionador. Óleo sobre tela do artista paulistano Gilberto Marchi.
Abraço a todos,
Regina Sormani

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Sampa que amamos - Sampoemas





Sampoema  3

 Este poema faz parte da antologia da Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro 2016, certame patrocinado pelo MEC e levado adiante pelo CENPEC, com apoio da Fundação Cultural Itaú, selecionado como uma das referências de poemas para os professores trabalharem com seus alunos.



Cidadezinha

Um ônibus lotado
um taxista estressado
um celular clonado
um sinal fechado
uma rua alagada.

Aqui não há roubo de galinhas
porque galinhas não há;
aqui não há conversa de varanda
porque varandas não há;
aqui não há promessas de novenas
porque novenas não há.

Não há.
Então...tá.
“Eta vida besta, meu Deus!”

 Edson Gabriel Garcia

domingo, 17 de julho de 2016

Canto&Encanto da Poesia


NO LIMIAR DA NATUREZA*

“Se é de metal, minha visão atina
e ao pedregulho mais comum eu canto.”
 (Bento Ferraz — jornalista, compositor e poeta)


Percorro as poucas ruas do meu bairro, 
as casas que contornam labirintos, 
os muros, pelo musgo escuro, tintos, 
as portas e janelas de madeira, 
um gato que aparece e já se esgueira, 
a velha que me espia da janela, 
a jovem sorridente e muito bela, 
e tudo que provoca algum espanto, 
se é natural, minha visão atina 
e o pedregulho mais comum eu canto, 



porque, se a natureza me convida, 
não posso desprezar o seu chamado. 
No mundo, eu não me sinto deslocado, 
meu bairro é sempre cheio de surpresas 
e posso descobrir muitas belezas, 
apenas, ao dobrar qualquer esquina: 
Se é natural, minha visão atina 
e o pedregulho mais comum eu canto
e, assim, a cada pedra eu amo tanto, 
pois pedras também guardam sutilezas



e nada do que vejo é permanente... 
As nuvens condensadas pelo céu, 
os pássaros, em súbito escarcéu, 
acabam por gravar-se na retina. 
Se é natural, minha visão atina 
e o pedregulho mais comum eu canto... 
Meu canto almeja ser um acalanto, 
qual música suave das esferas, 
os sons que já vararam tantas eras, 
ou mesmo o próprio Verbo sacrossanto!



Quem dera que o meu canto fosse ouvido, 
tal fosse uma verdade cristalina! 
Se é natural, minha visão atina 
e o pedregulho mais comum eu canto, 
assim evito apenas que o meu pranto, 
vertido por tristezas inconfessas, 
percorra as muitas ruas e travessas 
do bairro onde nasci, faz algum tempo 
e os sonhos que deixei no calçamento 
e a paz sejam reais, e não promessas... 



À paz, a inteligência se destina! 
Se é natural, minha visão atina 
e o pedregulho mais comum eu canto. 
A pedra não tem vida e, entretanto, 
não causa nenhum mal ao semelhante. 
Inerte, seu valor é mais constante, 
que aquele do mais mísero animal, 
afeito a fazer bem, só faz o mal, 
e atinge com furor seu semelhante, 
e dizem que esse ser é racional. 

Nilza Azzi 

*Poema com mote migrante 




quinta-feira, 14 de julho de 2016

Contos e causos agudenses

Quem conta um conto...




Saia justa


Meu pai, Hércules Sormani, seu Lano para os amigos, foi, certa vez convidado para um almoço numa fazenda que ficava no distrito de Paulistânia, hoje município, próximo à cidade de Agudos.
E lá foi ele, em companhia de um amigo, dirigindo seu pequeno caminhão pelas estradas de terra. Naquela época, o asfalto ainda não havia chegado por aquelas bandas.
Pra quem não sabe, lá no interior, o sortudo que é convidado pelo dono da fazenda para um almoço, pode se preparar pra comer bem...e muito. A mesa é farta, a bebida é de qualidade, a companhia é agradável. A música, lá no fundo é a dos violeiros da região.Todos esses fatores conspiram para que o convidado se empanturre, porque senão corre o risco de aborrecer o anfitrião. Bem, depois de comer e beber, beber e comer, enquanto o companheiro de viagem ficou à mesa proseando, seu Lano resolveu “esticar as pernas” e anunciou que iria dar um passeio pelas redondezas.
— Não vá muito longe— avisou o fazendeiro— daqui a pouco vamos servir o lanche da tarde!
Seu Lano foi caminhando, admirando a natureza, ouvindo os pássaros e aos poucos  se distanciou da casa da fazenda. O sol do início da tarde queimava  no lombo e ele olhou ao redor procurando onde se abrigar. Viu, a poucos metros uma bela jaqueira já com os  frutos despontando e para lá se dirigiu. Sentia-se sonolento pela caminhada e pelo excesso de comida. Notou que ao redor da árvore havia cinco pedras de formato arredondado, faiscando ao sol.  Debaixo da jaqueira havia uma boa sombra e ele se sentou no chão, encostando-se no tronco da árvore. Fechou os olhos e tirou uma deliciosa soneca. Meia hora depois, despertou, incomodado por um ruído semelhante ao som de um guizo.
— Nossa!  Isso tá parecendo é guizo de cobra cascavel.— falou consigo mesmo,  preocupado. Olhou em volta e percebeu que algumas das tais pedras redondas haviam mudado de lugar, estavam bem mais próximas dele.  Firmando a vista, já livre do sono, constatou, assustado que havia dormido em companhia de cinco cascavéis  Quem sabe, elas também haviam exagerado no almoço e estavam  lá, descansando para fazer a digestão.
Com as pernas trêmulas, seu Lano criou coragem e se levantou, lentamente pra não acordar as cascavéis. Não é preciso dizer que ele chegou, afobado e atordoado à casa do fazendeiro. Bem que tentou contar o acontecido, mas, ninguém quis acreditar e ainda caçoaram dele à moda caipira:

— Conta ôtra, cumpadi! Essa foi demais da conta!

Abração!!!!

Regina Sormani

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Festas juninas




Festa junina- arte em lápis de cor de Gilberto Marchi


O cheiro de quentão e o footing na praça


Rico em datas comemorativas, o mês de junho é um dos mais apreciados pelas crianças que curtem as festas juninas e pelos namorados que festejam no dia 12 a sua data e no 13, dia dedicado a Santo Antônio, o protetor dos noivos, conhecido como santo casamenteiro. Lembro-me com muita alegria, das quermesses montadas, há vários anos atrás, na praça da Igreja de Santo Antônio, na pequenina Agudos, interior do estado de São Paulo. Ao chegar, éramos recepcionados pelo irresistível cheiro do quentão que vinha das tendas montadas ao redor da praça. Meu favorito sempre foi o quentão da Manuela, uma senhora simpática e muito querida pelos agudenses. O quentão, bebida forte, era preparado com gengibre, canela, cravo e adoçado na medida certa. A quermesse de Santo Antônio, caprichosamente enfeitada com bandeirinhas coloridas, atraía uma multidão que se espremia para jogar bingo, praticar a pescaria de brindes nas bacias, comer pipoca quentinha, amendoim torradinho, milho verde, doces caseiros e várias outras delícias. Muita gente ia à quermesse só para apreciar os moleques subindo no pau-de-sebo, um tronco de 4 metros de altura, envolvido com gordura animal. No topo, ficavam as cobiçadas prendas.
Era também, muito divertido receber os correios-elegantes, mensagens amorosas enviadas por admiradores secretos. Recebi muitos, graças a Santo Antônio.
Nas cidades do interior praticava-se o footing. ( ir a pé, passear) Pra quem nunca ouviu falar, eu posso explicar: os rapazes em busca de namorada, nas noites dos finais de semana sentavam-se nos bancos da praça principal, formando grupos para apreciar as garotas que por ali circulavam. As meninas, por sua vez, ao localizar o alvo, o menino dos seus sonhos, sorriam e cochichavam a cada volta na praça. Na quermesse de Santo Antônio, não era diferente. Como o espaço era reduzido, os rapazes formavam duas colunas e no centro desfilavam as garotas, caminhando em círculos. Tudo isso ao som das melodias regionais que invadiam a praça, vindas do serviço de alto-falantes localizado nas dependências da igreja. Ouvia-se, a todo instante:
– Fulano, apaixonado, oferece esta música à sua amada, sicrana. Assim, começava o flerte, um jogo, uma troca de olhares que muitas vezes se transformava em namoro e acabava em casamento, com as bençãos de Santo Antônio, é claro.
Impossível não recordar os festejos de São João, dia 24 e de São Pedro, dia 29, fechando o mês de junho. Nas fazendas, chácaras e até nos quintais das casas, realizava-se a tradicional quadrilha com o casamento caipira, e todo mundo se vestia a caráter. Em Agudos, na Colônia Italiana onde nasceu minha mãe, a festa de São João tornou-se uma referência. Dela participavam todos os tios e primos que lá moravam. A maior atração era o andar sobre as brasas. As brasas da fogueira eram espalhadas num terreno especialmente preparado e um dos meus primos, após fazer uma oração, caminhava tranquilamente sobre as brasas. Ninguém me contou, eu mesma presenciei. Coisas de antigamente, boas pra guardar na lembrança.
Desejo a todos um gostoso mês de junho.
Regina Sormani
 ..

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Sampa que amamos - Sampoemas -





Sampoemas - 2 -


LARGO SÃO FRANCISCO
No Largo São Francisco,
justiça e liberdade,
de toga e sandálias,
passeiam à vontade.
São franciscanamente breves e justas,
tão isentas dos crimes humanos,
não perdem tempo com essas gravidades.
Nem com poemas.
Nem com cinemas.
Apenas passeiam.

Edson Gabriel Garcia

domingo, 8 de maio de 2016

Dia das Mães - 08 de maio de 2016 -


Parabéns mamães! 


UM GRANDE BEIJO A TODAS!


REGINA SORMANI




terça-feira, 3 de maio de 2016

Palavras do amigo que partiu


Queridos leitores!

Marciano Vasques, poeta, escritor, companheiro de jornada, partiu pra nunca mais voltar.
Deixa, porém, a marca do seu talento, nas páginas dos blogs com os quais colaborava. Tive o privilégio de conhecê-lo, compartilhar publicações entre as quais, DOMINGO PEDE PALAVRA de agosto de 2011, que ele escreveu durante minha gestão como coordenadora da AEILIJ paulista.
Grande abraço a todos,
Regina Sormani



DOMINGO PEDE PALAVRA

SEBOS, CANÇÕES E UM ESPANTALHO POR AÍ


Vou parar de pensar em você
Pra prestar atenção na estrada
Roberto&Erasmo

Quando tudo começou? Quando o desmanche da emoção deu seus primeiros passos sem que prestássemos atenção?

Quando começou a tal evolução mental de uma nova geração que é capaz de fazer a lição de casa com fone de ouvido e assistindo à NET, e ainda polegarizando o celular? E, de quebra, lendo as páginas de um gibi? Quando começou a acontecer? Um jovem é capaz de fazer até cinco coisas ao mesmo tempo? Isso é de fato uma evolução do cérebro? Certamente. A estudante Sônia, do curso de Assistência Social, da Universidade Castelo Branco, diz que isso tudo teve início com o Telemarketing, quando a telefonista começou a falar com uma pessoa ao mesmo tempo em que atendia ao telefone.
A televisão também deu a sua contribuição. Hoje, por conta de décadas diante da tela, com o olhar direcionado, uma pessoa  consegue falar com a outra sem olhar nos olhos.
Essa evolução da nova geração é deveras interessante e deve interessar a um sistema de produção em série. A transformação de seres pensantes em automatos, em simulações, em espectrais genealogias da era internética, tecnológica, pois enquanto se “executa” cinco coisas ao mesmo tempo, o raciocínio vai aos poucos se atrofiando por falta de uso. O uso da razão vai se dissipando, e a reflexão põe a viola no saco e some do horizonte.
Mas, e o desmanche da emoção? Digo que isso tudo teve início quando se começou a baixar música pela internet... Não que seja um mal em si ter uma canção disponível em dois minutos... Mas, a emoção de um disco que o sujeito foi buscar, às vezes até viajando para outros países... Isso acabou. E hoje tem quem colecione música. Mil canções...
O e-mail? Sim, é o espírito da época... É emocionante como uma carta? Tudo o que pode ser facilmente deletado causa perplexidade, pela sua emblemática natureza. Mas que é bom enviar uma mensagem instantânea para alguém que está em Portugal, isso é.
Tenho resistência ao vídeo clip.
Dirão que louco sou. Pois pareço não viver nessa sociedade emocionante, na qual um jovem mata com tal velocidade num game que fico boquiaberto. Talvez precisássemos do Doutor Simão Bacamarte, ou então de Erasmo de Roterdã.
Mas, que implicância é essa com o vídeo clip? Nenhuma implicância, mas como tudo resvala na alma, aqui me toco.
Quando ouço uma canção, tenho por ela um referencial, que é a coisa mais importante em minha vida no contexto e na alma da canção, pois se não sabe, há uma alma misteriosa nas coisas da arte... Até no silêncio de uma biblioteca os espíritos encantados piscam... E essa presença das vozes que não morrem, só lá, na biblioteca não virtual... A virtual é uma necessidade hoje, e faz parte do nosso espírito, mas...
Recentemente caminhei pela cidade, espantalho repleto de luzes azuis, tímido e ao mesmo tempo tão ensolarado que se encontrasse o Carlitos numa calçada meus olhos desaguariam...
Entrei num sebo, só para azucrinar com o mormaço que a cidade estava desprezando... Quis ver capas de gibis antigos, adoro isso. O maior sebo da cidade respondeu: não tem nenhum. Nenhum!? Nem o “Espírito que anda”, nem o Gasparzinho, nenhum fantasma... E nem O Sombra e nem uma sombra de dúvidas. Compraram todos. Colecionador? Não, para pôr na Internet...
Acontece que a canção tem um nascimento, tem um momento em que ela entrou em sua alma... Onde estava eu quando ouvi tal canção?  Minha camisa era branca, ou azul? Eu estava numa varanda? Num parque de diversões? Era luar? Gotejava orvalho? Havia neblina? Sol? Ferrovia? Mormaço? Era Março ou Abril e um colibri abria "o tempo que o tempo tem"?
Uma delas, eu estava ao redor da igreja matriz de Itaquera, “o vento afasta uma lágrima que começa a rolar no meu rosto”... O alto falante, e a quermesse repleta de meninas coloridas circulando para o deleite e o devaneio desses moços que se emocionam com uma canção assim...
Cada canção vai na ventania, no galope da mansidão... Cada canção é como as cores aquareladas de um céu que jamais retornará, apesar da impressão de que todos os azuis são iguais na pureza cristalina de cada manhã,
A canção que tem um histórico em minha vida, uma gênese, um abrupto chegar, essa canção é única para mim, e só eu a tenho dessa forma... Assim como acontece com você. A neutralidade e a leveza dos acordes que acordam os nossos sentires no roteiro dos fragmentos cotidianos, nada poderia abalar isso.
E o vídeo clip é uma construção artística que deveria estar em exposições de arte contemporânea, pois não diz exatamente para mim o que a canção é... Mas na contextualização de uma exposição contemporânea poderá muito se expressar.
A  profusão de imagens de um vídeo clip é pura subjetividade. Tem algo a ver com o artista, com a sua visão, com a sua criatividade, e diz sobre ele, sobre o outro. Isso é algo extraordinário, que precisaria ser melhor retocado numa pesquisa.
Prefiro um cantor cantando, apenas... Mas também prefiro ainda ouvir a canção, seja num rádio ou num disco... A voz e a canção, são coisas do vento, do ar, são coisas que não pedem passagem, que abrem sem ajuda as portas do meu coração...
A teimosia em ser menino é a que me emociona nas cores de um livro infantil, e a teimosia do meu coração em pulsar daquela mesma forma quando ouvi tal canção naquela tarde que não se foi para sempre... Essas coisas não se perdem, na verdade elas nos salvam.
Alguns vídeos clips são belos, com uma exuberância de imagens que até emocionam, mas, acreditem, trata-se de subjetividade, de um sentir que não corresponde ao intocável seguro cais da chegada de uma canção em mim...


MARCIANO VASQUES

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A autora e sua obra - Maria José de Queiroz -


A escritora Maria José de Queiroz é mineira de Belo Horizonte. Nasceu a 29 de maio de 1934, é professora doutora em Letras Neolatinas pela Universidade Federal de Minas Gerais. Já publicou: contos, romances, ensaios, novelas, infanto-juvenis, poemas, entre outros gêneros.




Na atualidade, sua obra em destaque é JOAQUINA, A FILHA DE TIRADENTES,  publicado pela Topbooks em 1997,  ficção romanceada, cujo tema foi adaptado em formato de  série  e exibido pela Rede Globo, às 23 hs, com o nome de LIBERDADE, LIBERDADE. A série veio resgatar uma figura quase que totalmente desconhecida da maioria dos brasileiros, a filha de Tiradentes.


De acordo com pesquisa feita pela autora em seu livro, Joaquina e sua mãe, perseguidas e humilhadas, após a execução de Tiradentes, refugiaram-se na fazenda de amigos  Voltaram após dez anos para tomar posse do pouco que restara e reassumir uma vida repleta de dificuldades. A autora, com maestria, abordou um tema até então nunca trabalhado. Pesquisou a trajetória, a vida real da filha de Tiradentes, porém, utilizou a ficção ao relatar essa trajetória. A poderosa emissora exibe, com novas cores e imagens, a versão romanceada da história, na pele de seus  charmosos atores.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Sampa que amamos - SAMPOEMAS -


SAMPoemas (1)

Imprecisas escritas observativas sobre uma metrópole muito amada, feitas à mão por Edson Gabriel Garcia, paulistano por decisão.

MARCO ZERO
Nos trilhos do metrô
conduzo a linha reta
de minha esperança.
Nada mais importa
a não ser o vazio de você.
Desço.
Desabotoo meu peito
no marco zero da Sé,
cruzamento de todas as saudades,
e me deixo sangrar quase de verdade.



Edson Gabriel Garcia

segunda-feira, 18 de abril de 2016

DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL - 18 de abril -

Dia 18 de abril foi escolhido, em 2002, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso o DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL, para homenagear o escritor Monteiro Lobato, criador de obras inesquecíveis da literatura infantil, entre elas, o Sítio do Pica-pau Amarelo.
Abaixo, ilustrações de livros infantis feitas pelo ilustrador Gilberto Marchi.

Um abraço,
Regina Sormani




sábado, 16 de abril de 2016

terça-feira, 22 de março de 2016

Homenagem ao DIA MUNDIAL DA ÁGUA - 22 de março -

Gente querida!



Ding, a grande aventura é a história de uma gotinha valente que queria chegar ao mar. Segue um trecho dessa história em forma de poesia.


" A gota assim falou:
- Não foi apenas coragem que me trouxe a esse rio.
Não foi só o desafio. Preciso chegar ao mar.
São coisas da natureza que rege toda esta terra.
Mãe natureza não erra.
Disse e já foi pulando. E o rio, passando, passando...
João-de-barro, admirado, ficou tão impressionado
Que até filosofou:
- A Ding, tão pequenina, tem um destino infinito:
Ora é nuvem no céu, ora é água no mar.
E eu, pra fazer bonito, vou voltar a trabalhar.


História publicada pelas Paulinas com ilustrações do Gilberto Marchi