terça-feira, 25 de março de 2014

Canto&Encanto da Poesia




Abelha


Qual abelha, da flor, querer-te-ia

doce, meu doce amor, de tal doçura,

que o mel que eu fabricasse fosse pura

delícia ao paladar, fosse iguaria,



inesgotável fonte de ternura...

E assim chegar-me a ti, dia após dia,

supondo que esse amor recriaria

a luz que minha alma inda procura.




Então a cor dourada do meu mundo,

em si, traria um brilho esplandecente

― a força criadora de uma aurora.



Mas isso é uma ilusão, sonho infecundo;

é voz de um sentimento que não mente,

mas baila, diz adeus, e vai embora.


Nilza Azzi



Nilza Azzi é escritora associada da AEILIJ SP 




2 comentários:

  1. Nilza, minha cara amiga!
    Parabéns!!!! A ABELHA é um primor. Adorei. Mil bjs,
    Regina Sormani

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  2. Mas isso não uma ilusão,
    de verdade como toda ilusão deve ser.
    É voz de um sentimento que não passa.
    Diz adeus e fica.
    Como toda ilusão de verdade ...
    Registro que li e que mexeu comigo. Tem a ver...
    Um viva à Poesia.

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