sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Quem Conta um Conto

Olá!
Antes de mais nada, FELIZ 2012 para todos!
Nada melhor para começar o ano que um poema. Passeie por Fernando de Noronha através da poesia da Fábia Terni, amiga e escritora paulista.
Bom passeio!


Fernando de Noronha,
O Verde, O Azul e o Infinito


Somos ilhas oceânicas;
arquipélago distante
perdido no imenso
dos mares cor de jade;
santuário de aves marinhas,
maior ninhal do Atlântico,
paraíso da humanidade.

Maior ponto de encontro
dos golfinhos rotadores
que emergem às centenas
em graciosas piruetas,
bailarinos em compasso das ondas.

O cometa estelar,
plana a ave de maior encanto
sobre mil peixes listrados,
arco-íris flutuantes,
agulhas e voadores,
nadam no mar ondulado.

Mar ondulado, bordado
por rendas finas e brancas
brancas e espumantes;
embalam conchas e algas,
tartarugas e peixes viajantes.

Apinhadas nos rochedos
viuvinhas e trinta réis
sobrevoam baías azuis
azul anil, azul turquês ....
verde talvez.

Numa falésia oca,
o mar entra e fica preso
comprimido na gruta
sem poder escapar.
De repente a água recua;
e um “leão” da seu gemido,
um urro de assustar.

Sou um colar de esmeraldas
e azul turques no levante;
cor de fogo no poente,
onde o Sol pincela ondas
e os últimos raios dourados
iluminam a entrada
do palácio de contos de fadas.

Imprimirei para sempre
na memória do ser humano,
um instante transparente
do Infinito,
perdido entre a Terra
e o oceano.

Até Fevereiro, então, com mais um conto, poesia, causo, ilustração ou o que mais vier; contanto que seja ponto de união dos associados.
Eliana Martins

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